Procurado pela Interpol por assassinato de jornalista no Paraguai é preso em MT usando nome falso

Wilson Acosta é procurado pela Polícia Internacional (Interpol) por suspeita de envolvimento no assassinato do jornalista Pablo Medina e sua assistente, Antónia Marines, em outubro de 2014, no Paraguai

Da Redação


A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (29), um homem procurado pela Polícia Internacional (Interpol) por suspeita de envolvimento no assassinato do jornalista Pablo Medina e sua assistente, Antónia Marines, em outubro de 2014, no Paraguai. A prisão foi feita em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, onde o suspeito estava morando, usando documentos falsos.

Wilson Acosta Marques, de 48 anos, é acusado de cometer o assassinato, junto com o seu sobrinho, Flávio Acosta. O mandante do crime seria Vilmar Acosta, irmão de Wilson e ex-prefeito de uma cidade paraguaia.

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O suspeito foi o último a ser preso entre os três investigados. Vilmar Marques Acosta, ex-prefeito da cidade de Ype-Jhu, no Paraguai, foi preso em Mato Grosso do Sul, em 2015. Já Flávio Acosta Riveros, sobrinho deles, foi preso no Paraná, em janeiro de 2016.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a morte de Pablo Medina foi motivada por uma vingança dos três, em represália às publicações do jornalista contra os Acosta no ABC Color, jornal de maior circulação no Paraguai.

Wilson Acosta foi localizado em uma casa simples, na zona rural de Chapada dos Guimarães, onde ele mantinha uma borracharia e vivia com a família há dois anos.

Durante a abordagem, o homem apresentou documento em nome de outra pessoa, como tendo nascido em 1978 e natural de Caarapó, também em Mato Grosso do Sul.

No entanto, após entrevista na delegacia, ele confessou que o documento é falso, pelo qual pagou R$ 600 e pertenceria a um parente já falecido, informação que será apurada.

Segundo a polícia, o suspeito tem dupla nacionalidade, paraguaia e brasileira, e tinha dois mandados de prisões expedidos pela Justiça do município de Sete Quedas.

Em consulta à Interpol, a Polícia Civil também constatou que o suspeito tem mandados de prisões expedidos pela Justiça paraguaia e que ele consta na lista vermelha dos mais procurados pela Interpol do país vizinho.

Após os procedimentos policiais em Campo Verde, Wilson será encaminhado para uma unidade prisional e colocado à disposição do Poder Judiciário.

O crime

Na denúncia aceita pela Justiça, a procuradoria aponta que a morte de Medina e da assistente foi motivada por vingança, em represália às publicações que o jornalista vinha fazendo no jornal ABC Color, onde trabalhava.

Nas matérias, o jornalista afirmava que Vilmar tinha vínculos com o tráfico de drogas na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, além de envolvimento em homicídios. As denúncias, reforça o MPF, levaram o jornalista a receber ameaças do político.

Medina e Antónia foram mortos em uma falsa blitz montada por Flávio e Wilson em uma estrada rural entre as cidades de Villa Ygatimi e Colônia Ko’e Porá, no estado de Canindeyú.

Usando vestimentas militares, tio e sobrinho simularam a blitz e quando o carro do jornalista parou foi atingido por tiros. A assistente estava no banco do carona e também foi atingida. As informações são do G1/MS

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